- Independente de data, a caridade e o amor ao próximo devem ser trabalhados com a turma durante todos os dias do ano letivo.
- Sugestão: Montar um mural com escritos da turma sobre o que significa caridade para cada um deles.
A caridade sempre esteve presente, em maior ou menor grau, na história da humanidade. As pessoas de um mesmo grupo social se ajudavam, e a partir desta troca se dava o progresso do grupo e dos indivíduos.
Mas o conceito de caridade se tornou mais claro com o cristianismo, através do mandamento que diz: “amai-vos uns aos outros”. Este é o princípio da caridade, amar e ajudar ao próximo.
Ao longo dos séculos, a caridade foi sendo exercitada não apenas pela Igreja, mas por pessoas e grupos que tinham como objetivo fazer o bem ao próximo. Hoje, solidariedade é um termo mais presente na sociedade. É um conceito abrangente, mas em sua origem está a idéia de caridade.
"Nós temos de fazer tudo para que todos tenham igualmente seus direitos reconhecidos e a sua oportunidade de vida. Todos, sem distinção, todos os seres humanos. A caridade vai nessa direção. E isso é ética. Ética é reconhecer a dignidade do ser humano e agir segundo a dignidade inviolável de cada ser humano. E a caridade ainda inclui justiça social, solidariedade e tudo aquilo que ajuda a promover as pessoas, a libertar as pessoas de todas as suas opressões. No entanto, a justiça sozinha não consegue cuidar das pessoas. Porque a justiça cobra, mas, por essência, não perdoa. A caridade perdoa". (Trecho do discurso do Cardeal Dom Cláudio Hummes, arcebispo de São Paulo, durante a conferência entitulada “Ética e Solidariedade - o verdadeiro conceito de caridade cristã”, em 2002).
"Ainda que distribuísse todos os meus bens em sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tiver caridade, de nada valeria" - declara São Paulo no versículo 3 do capítulo 13 da primeira Epístola aos Coríntios.
Isto quer dizer que mesmo na distribuição de todos os meus bens em sustento dos pobres… pode não existir caridade?
Segundo narra São Mateus, um doutor da lei, a mando dos fariseus para tentar a Jesus, disse: - Mestre, qual é o grande mandamento da lei? Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu espírito - Este é o máximo e primeiro mandamento. E o segundo é semelhante a este: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos depende toda a lei e os profetas (Mt 22, 36-40).
Como, pois, São Paulo parece separar uma forma de caridade (amor de Deus) da outra (amor do próximo)? A exaltação da caridade, que se encontra no referido capítulo 13 da primeira Epístola aos Coríntios, é considerada uma das mais belas páginas da Sagrada Escritura, não só por seu conteúdo, como também por sua forma literária.
Ao falar da caridade, São Paulo multiplica os contrastes para levar seus ouvintes aos mais altos páramos possíveis do amor de Deus, nesta Terra. Interpretam alguns comentaristas que ele evoca essa situação para mostrar quanto o amor de Deus é superior ao amor ao próximo.
Significa que de nada valeria praticar os maiores atos de desprendimento de si mesmo e de amor ao próximo, sem possuir amor de Deus!
Segundo essa interpretação, a separação entre o amor ao próximo e o amor de Deus é um recurso oratório que São Paulo utiliza para mostrar aos destinatários de sua carta quanto devem crescer no amor de Deus para que cresça ao mesmo tempo seu verdadeiro amor ao próximo.
Assim dizem alguns comentaristas.
Este caso nos mostra como é uma utopia pretender que cada fiel chegará sozinho a interpretar adequadamente a Sagrada Escritura sem a ajuda dos estudiosos, que se dedicam a estudá-la e analisá-la, em conformidade com os Santos Padres e Doutores da Igreja, para explicar as incontáveis passagens que estão acima da compreensão dos simples fiéis.
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